segunda-feira, 23 de julho de 2012

Fundo anuncia US$ 130 milhões para investir na internet no Brasil


O fundo de investimentos Redpoint e.ventures anunciou nesta segunda-feira (23) que investirá US$ 130 milhões em startups de internet no Brasil. A companhia é uma joint venture formada por duas empresas americanas, que são donas de partes de empresas como o Groupon e o Netflix. O dinheiro que será aplicado no Brasil inclui financiamentos de fundos do Vale do Silício, um dos centros de inovação dos Estados Unidos.
“No Brasil, vemos muita oportunidade nas partes social, móvel e local. São mercados que ainda precisam ser explorados”, contou Andersin Thees, que junto com Yann de Vries forma a dupla de sócios-fundadores do fundo. Segundo ele, o plano é trazer coisas que já existem lá fora para o Brasil e explorar o que pode ser criado aqui.
Thees afirma que o Brasil já tem os “requisitos básicos” para que o mercado de internet possa decolar: “Já estão funcionando aqui a logística, os pagamentos on-line e a computação em nuvem.”
O Redpoint e.ventures inicia seus trabalhos no país já com investimentos em cinco companhias em estágio inicial: a Viajanet, o Grupo Xangô, a 55Social, a Shoes4you e a Sophie&Juliete.
O fundo conta que, no estágio em que investe, a característica básica mais importante é a equipe. "Esses jovens que estão fundando empresas na internet precisam de uma rede de apoio", diz Anderson Thees. Thees também informa que o investimento em companhias cresceu muito no Brasil nos últimos anos. "Em 2010, tivemos 16 empresas apoiadas por investidores e, em 2011, esse número já subiu para 65", explica.
A joint venture vai reunir dinheiro de grandes empresas, como seguradoras, e investir em um “tempo típico” de dez anos –depois desse período, geralmente, é feito o retorno ao investidor quando a empresa entra na bolsa ou o empreendedor compra sua parte. Thees conta que a Redpoint e.ventures planeja investir seus US$ 130 milhões pelos próximos cinco anos.
Mercado do Brasil
O mercado brasileiro tem uma série de singularidades, segundo Thees. Uma delas é um aspecto da cultura mais aberto e menos preocupado com questões de privacidade. “Independente de isso estar certo ou errado, isso traz a possibilidade de criarmos serviços muito inovadores”, explica.

O brasileito também tem uma série de problemas muito grandes que precisam ser resolvidos, conta o sócio-fundador. “Quando você tem um problema muito grave, você tende a sair disso com uma solução de classe mundial.”
Além do dinheiro, a Redpoint e.ventures quer trazer “ajuda” para os empreendedores, como contatos e soluções de problemas que já foram enfrentados por outros empreendedores. “É um jogo global e você tem que competir muito rápido”, afirma Yann de Vries.
A ideia da presença do fundo no Brasil, diz de Vries, é criar empresas que tenham o potencial para valer US$ 1 bilhão.

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